sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A Critica

Estuda desde muito novo, mas na verdade sente que aprendeu muito pouco. Carrega mais uma série de experiências, mas delas, fica simplesmente, a recordação das coisas boas ou más que aprendeu. Vive intensamente, mas muita intensidade tira-lhe o fôlego. Tem muitos conhecidos, mas amigos são poucos, e por vezes insuficientes. Vive para as pessoas, mas as pessoas vivem só para elas. Gosta de praticar desporto, mas o desporto em pouco o faz mudar. Adora viver a vida, mas a vida por vezes não gosta muito que ele a viva. É muito viajado, mas na verdade quase nunca saiu de casa. Frequenta a Universidade, mas da Universidade pouco retirou, Vive na noite, mas na noite a vida confunde-se com os vultos. Utiliza as palavras, mas todas elas são poucas para dizer o que pretende. Anda acompanhado, mas a solidão é a sua melhor companhia.

Escreve tudo isto, mas pouca coisa lhe faz sentido...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Quase amor.

Olhei para ti...

Contemplei a tua beleza. Vi a perfeição. Tudo em ti é belo. Os olhos. O nariz. Até aquele sinal junto do lábio é perfeito. És a perfeição. Mesmo o cravo na mão. O dedo que é torto. Fazem de ti uma obra-prima. Criação de Deus naquilo que de mais belo existe no ser: A Mulher.

Qual altar. Qual divino. Nos meus pensamentos és muito mais que qualquer mitologia. Nos meus pensamentos és a tal. A certa. A minha razão de continuar com esta estúpida vida, que faz de mim ainda mais estúpido por escrever isto.

Imagino-me a teu lado. Seres feliz comigo. Construirmos o nosso conto de fadas. Ter filhos. Ver-te grávida e continuar a contemplar a tua beleza.

Finalmente conheço-te. Continuo em fascínio. Conversamos. Conhece-mo-nos. Bebemos uns copos. Convidas-me a sair contigo.

Passo uma noite de sonho, na qual me desfaleço de quando em vez, até que adormeço de exaustão.

No dia seguinte, acordo. Vejo-me ao espelho. Observo-me e penso: És apenas mais uma!

De manhã...

Uma noite, depois de alguns exageros, foste-me apresentada por um amigo em comum.

Digamos que essa noite, foi perfeitamente normal, tendo em conta a forma como vivia esses tempos. Consumos em exagero, amigos, e muita vontade de viver e desfrutar a vida. Nada parecia faltar.

Drogas, álcool, boa companhia. Que mais poderia querer um adolescente de 18 anos?

Copos bebidos. Charros fumados. Caminhamos em direcção ao "infinito" que a noite pode oferecer. Aquelas noites em que somos "atingidos" e os vícios nos retiram a alma. Só o corpo fica. A consciência desaparece com o ultimo copo de whisky.

Loucuras cometidas, acordo. Dia seguinte. Olho em meu redor. Não reconheço o local. Não me é familiar. Olho para o lado. Uma cama de casal. Surges da porta, e dizes:
" Ainda bem que acordas-te, o meu namorado está mesmo quase a chegar!"

Desilusão

Para quê nos ralarmos com o que se passa com outrem?

É uma pergunta para a qual infelizmente não tenho uma resposta. Uma simples coisa que sei, e que a vida me ensinou, é que existe uma impressionante capacidade de as pessoas, principalmente aquelas por quem temos um mínimo de estima, nos magoar, desiludir, de uma forma bruta, inesperada, até mesmo maldosa, se bem que inocente.

O Homem, ao contrário do que me possam dizer, é um ser que é mau por natureza. Tudo o que acontece por esse mundo fora só prova cada vez mais isso. Mas infelizmente, tenho uma capacidade enorme de me deixar acreditar pelas pessoas. Até prova em contrario acredito que todas as pessoas, mesmo aquelas que erram, tem uma oportunidade de se redimirem. Isso faz cair no mesmo erro, uma vez, outra, e outra, sem parar...

A verdade é que doí. Quanto mais justificações tente arranjar, procurar motivos, essa dor acentua-se ainda mais. Doí. Magoa. Corta a respiração.

Mas muito mais não haverá a dizer. Limito-me a viver a minha vida. Encarar o dia de forma (in)consciente, tranquilo, vivendo cada dia como se fosse o último.

Existem pessoas que de uma forma pura e simples metem-me nojo...